quarta-feira, 5 de março de 2008

Arquitectura bioclimática

Todas as coisas têm a sua razão de ser. Não se trata apenas duma arquitectura gira, como alguns de vocês poderão achar mas a nossa casa está a ser construida com base em conceitos de arquitectura bioclimática. Para saber mais sobre este tema podem consultar este artigo da ProTeste de Fevereiro de 2008 ou então algumas páginas da ADENE – Agência para a Energia, nomeadamente o relatório sobre Conceitos Bioclimáticos para os Edifícios em Portugal feito pelo INETI e o relatório sobre Eficiência energética em equipamentos e sistemas eléctricos no sector residencial.


A casa está orientada norte/sul de forma a optimizar a exposição solar. As janelas grandes a sul proporcionam uma iluminação óptima durante a maior parte do dia sem ter que recorrer a iluminação artificial. A solução de estores que escolhemos também permite um controlo mais versátil da quantidade de luz que queremos em cada habitação. Uma das vantagens destes estores é o facto de se poder jogar com a orientação das lamelas de forma a obter luz dentro de casa mas evitando a estrada de luz directa do sol (situação óptima para o verão).




A norte as janelas são mais pequenas para evitar o arrefecimento mas encontram-se completamente integradas na arquitectura. Existe também a norte uma árvore de grande porte que serve de corta vento às gélidas rajadas que por vezes se fazem sentir no topo do monte, principalmente durante o Inverno e início da Primavera. Existe também outra vegetação a sul mais afastada da casa, que proporciona sombra ao terreno evitando assim que fique muito ressequido durante o verão.


Uma vez que o nosso terreno é muito argiloso e tem dificuldade em absorver água, pensou-se numa solução que incorpora poços drenantes que captam as águas pluviais e que as vão devolvendo directamente ao subsolo. Assim espera-se que o terreno ganhe mais humidade durante os períodos de fraca pluviosidade (Outono e fim da Primavera) diminuindo assim a necessidade de rega.

Existem ainda outras características que visam a eficiência energética, como por exemplo o aquecimento de águas sanitárias com paineis solares, revestimento térmico exterior, alvenarias em blocos de argila expandida, vidros dúplos, etc, que a casa vai ter. Há algumas opções que são energéticamente boas mas que estão pendentes do orçamento (ex. vidros dúplos laminados e caixilharias isolantes). O mais provável é acabarmos a casa e ficarmos sem orçamento para os móveis!!! Lá teremos então que optar por um estilo minimalista semi-oriental de decoração, que por sinal até gostamos bastante... O recheio logo virá com os anos.

Aqui vos deixo um esquema das características bioclimáticas que estão a ser incluidas na casa e que de futuro espero que dêm os seus frutos.

Para além de nós, claro, grande parte destas soluções vieram dos criadores do projecto de arquitectura, os arquitectos Gonçalo Vargas e Luís Pacheco e do gabinete de engenharia responsável pelo projecto de especialidades, mais precisamente o Eng. António André da Protecna, aos quais gostariamos aqui de deixar um agradecimento. Gostaríamos também de agradecer à nossa construtora, a Construland Lda, por aceitar o desafio da obra e ter a coragem de fazer algo de diferente e que foge um pouco à construção tradicional.

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